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A Páscoa e o Pão que desceu do Céu

O matzah, mais conhecido como pão asmo, um dos maiores símbolos do Messias nas Escrituras e o alimento mais abundante no seder, a refeição de Pesach.

Estamos em meio à Festa de Pesach — a Páscoa do Senhor — e é oportuno abordar sobre o matzah, mais conhecido como pão asmo, um dos maiores símbolos do Messias nas Escrituras e o alimento mais abundante no seder, a refeição de Pesach.

Comer pães asmos durante Pesach é uma ordenança instituída em Êxodo 12:15, ao mesmo tempo em que se deve retirar qualquer espécie de fermento (hametz) de dentro de casa. A casa aqui tem um simbolismo maior, como tudo em Pesach, e aponta, em última instância, para a vida de cada seguidor de Yeshua. O fermento é um dos principais símbolos de pecado nas Escrituras. Ele deve estar ausente de cada lar em que Deus habita: o coração daquele que o confessa por Senhor.

O apóstolo Paulo relembra aos cristãos da comunidade messiânica de Corinto sobre a celebração da Páscoa do Senhor, com ênfase na retirada do fermento, não apenas do pão, mas do coração. Assim diz o texto na versão da Bíblia Judaica Completa:

“Livrem-se do velho hametz para poderem ser uma nova massa porque, na verdade, vocês estão sem fermento. Pois nosso cordeiro de Pesach, o Messias, foi sacrificado. Dessa forma, celebremos o seder sem qualquer vestígio de hametz, o hametz da impiedade e do mal, mas com o matzah da pureza e da verdade (1Co. 5:7-8).

O pão de aflição

Assim como não é fácil comer pão sem fermento por vários dias consecutivos, não é simples viver uma vida sem pecado, fugindo da tentação, andando em santidade. Esse é um dos motivos do matzah ser chamado de pão de aflição (Deuteronômio 16:3), não somente por ter sido comido às pressas durante a fuga do Egito, mas por ser difícil para o homem viver sem o fermento, afligindo sua alma.

Contudo, foi exatamente assim que caminhou Yeshua nesta Terra, irrepreensível, imaculado, incontaminado e, mesmo tendo sido tentado em tudo, não pecou (Hebreus 4:15). As Escrituras também afirmam que Yeshua “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1Pe. 2:22), assim como sofreu sobre si nossas aflições.

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido” (Is. 53:4). As palavras empregadas para aflição em Deuteronômio e aflito em Isaías possuem a mesma raiz no hebraico. Portanto, não há personagem algum por toda a Bíblia que se assemelhe mais ao matzah do que o Filho de Deus.

Um discurso escandaloso

Os Evangelhos relatam que Yeshua, durante seu último seder, tomou o matzah e o repartiu entre os discípulos. Nesse momento, Ele instaura a Ceia do Senhor, afirmando que aquele matzah aponta para si: “Tomai e comei; isto é o meu corpo” (Mateus 26:26). Em seguida, vem o terceiro cálice do seder, o mesmo que Ele bebeu e deu aos discípulos para beberem, afirmando que era seu sangue derramado para remissão dos pecados (Mateus 26:27-28).

Esse último seder de Yeshua foi reservado apenas para seus discípulos. E talvez eles não tenham se escandalizado com a ideia de comer a carne e beber o sangue de um homem, por mais simbólico que pudesse parecer, pelo fato de Yeshua, em um de seus sermões abertos ao público, já ter exposto isso de modo claro, o que não deixou de ser estarrecedor para os judeus que o ouviram, incluindo muitos de seus seguidores.

 
Refiro-me ao discurso de João 6, quando Yeshua se identifica como sendo o Pão que desceu do céu e o Pão da vida. Ele menciona primeiro o maná que seus antepassados comeram no deserto quando Israel deixou o Egito na primeira de todas as Páscoas. Aquele era um alimento especial e sobrenatural que sustentou os israelitas diariamente por quarenta anos.

Na cabeça dos judeus, não poderia haver alimento mais milagroso que o maná, pois este caíra de modo sobrenatural do céu, sem falhar um só dia, por quarenta anos. Ele fora capaz de sustentar milhões de pessoas de uma só vez em um ambiente inóspito como o deserto. Entretanto, todos os que dele se alimentaram morreram fisicamente. É nesse contexto que Yeshua se revela como o único alimento capaz de dar a vida eterna, o que não foi compreendido pela maioria dos presentes, incluindo alguns discípulos que deixaram de segui-lo por esse discurso.

O Pão da Vida

“Eu sou o pão da vida. Os seus antepassados comeram o maná no deserto, mas morreram. Todavia, aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo. 6:48-51).

Em seu último seder, certamente seus discípulos que estiveram com Ele naquela ocasião lembraram-se dessas palavras. Estavam diante de alguém que era muito maior que o maná comido por seus antepassados no Sinai. Estavam diante de alguém que vivera uma vida inteira sem o fermento do orgulho do pecado que infla o ego e ocupa os recônditos da alma, sem deixar qualquer espaço para a habitação do Espírito Santo.

Estavam diante do Asmo da Verdade e da Vida que, embora sendo Senhor e Rei, lavara seus pés naquele mesmo seder e os ensinara, por todos os dias em que conviveram, como ser manso e humilde de coração, esvaziado de si mesmo como vazio é o matzah sem resquício de fermentação.

Yeshua é o próprio matzah especial da Páscoa do Senhor; sem fermento, sem pecado; com listras marcantes (como o matzah moderno) representando suas feridas que nos trazem cura; perfurado, trespassado para nos redimir e salvar. Muito mais que o maná que caía do céu para alimentar o povo, Ele é o Pão vivo que desceu do céu para alimentar nosso espírito e nos trazer a vida eterna.

Para saber mais, acesse: https://www.aoliveiranatural.com.br/2021/04/08/yeshua-o-pao-vivo-que-desceu-do-ceu/

Fonte
Guiame

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