Irã deve se render a Israel ‘antes que seja tarde’, diz Trump
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou na madrugada de sexta-feira, 13 de junho, que as Forças de Defesa de Israel conduziram uma série de ataques aéreos contra alvos estratégicos no território iraniano.

A ação teve como objetivo desmantelar instalações nucleares, sistemas de defesa antiaérea e centros militares utilizados por membros da alta cúpula do regime islâmico.
Segundo Netanyahu, a ofensiva é uma resposta preventiva diante da “ameaça existencial” que, segundo ele, o Irã representa ao Estado judeu. Em declaração oficial, o primeiro-ministro afirmou que a operação foi planejada com precisão e que espera que essa ação leve a mudanças significativas no regime iraniano, possibilitando, no futuro, laços de amizade entre os povos persa e judeu.
Desde o início dos anos 2000, autoridades do Irã, entre elas o líder supremo Ali Khamenei e membros da Guarda Revolucionária Islâmica, vêm declarando hostilidade contra Israel em discursos públicos. Em diferentes ocasiões, o regime de Teerã classificou o Estado judeu como um “tumor cancerígeno” e defendeu seu desaparecimento do mapa.
O governo norte-americano confirmou que foi informado previamente da operação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma longa declaração em sua rede social Truth, relatando que “várias negociações foram feitas ao longo dos últimos meses” para persuadir o Irã a abandonar seu programa nuclear, mas que “a abordagem fracassou”.
Trump afirmou: “Dei ao Irã chance após chance para fazer um acordo. Disse a eles, com as palavras mais duras possíveis, para ‘apenas fazerem isso’, mas não importava o quanto tentassem, o quão perto chegassem, simplesmente não conseguiam concluir”.
Na mesma mensagem, o presidente norte-americano defendeu a ação israelense, mencionando que “os Estados Unidos fabricam o melhor e mais letal equipamento militar do mundo, DISPARADO, e que Israel possui muito disso — e muito mais está por vir — e que sabem usá-lo”.
Ainda segundo Trump: “Alguns radicais iranianos falaram com bravura, mas não sabiam o que estava prestes a acontecer. Agora estão todos mortos, e isso só vai piorar! […] O Irã precisa fazer um acordo antes que nada mais reste, e salvar o que um dia foi conhecido como o Império Persa. Chega de mortes, chega de destruição. Apenas façam isso, antes que seja tarde demais. Deus abençoe a todos!”.
O ataque ocorre em um momento de instabilidade crescente na região, intensificada pela recente queda do regime sírio, o que permite a Israel trafegar sobre o espaço aéreo do país de maneira livre.
A Constituição iraniana, estabelecida após a Revolução Islâmica de 1979, estrutura o país como uma república teocrática, liderada pelo Líder Supremo, cuja autoridade religiosa e política é considerada incontestável. Desde então, o regime mantém uma postura de antagonismo em relação aos Estados Unidos e a Israel, frequentemente utilizando retórica apocalíptica e mobilizando discursos de guerra santa.
Até o momento, o governo do Irã se limitou a prometer retaliação pelos danos causados nos ataques.