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Que tal começar as conversas difíceis com um sorriso?

O mais difícil nem sempre é a conversa, ou o assunto em questão, mas é a incapacidade de começá-la com um sorriso.

O sorriso no contexto das conversas difíceis, não seria apenas uma expressão facial, mas um símbolo de disposição para a paz, de abertura para o entendimento e de um compromisso com a empatia e a ternura.

Mas, por que isso seria tão difícil?

O mais difícil nem sempre é a conversa, ou o assunto em questão, mas é a incapacidade de começá-la com um sorriso. Ao invés de um sorriso, muitas vezes é a arma que se mostra em punho impondo a sobreposição de uma hierarquia militar das opiniões, expectativas, desejos e decisões.

Muitos casais são orientados pela ótica cultural das hierarquias, comumente teologizada e espiritualizada. Assim, acabam adotando para a vida a dois ou uma hierarquia militar ou comercial ou organizacional ou institucional ou parental ou educacional etc. Essas hierarquias, infelizmente, não favorecem para que as conversas difíceis se iniciem com sorrisos.

A hierarquia aceitável para a vida a dois, que favorece o desarmamento e o início de uma conversa difícil com um sorriso, é a hierarquia da submissão MÚTUA do amor, da entrega, da doação, da cooperação, da confiança, do respeito, do acolhimento, da ternura e da misericórdia.

Nesse sentido, o principal papel dos cônjuges não tem a ver com os papéis que definem quem traz o dinheiro ou quem faz os serviços da casa ou quem decide ou cede etc. mas, é um amar ao outro numa sinergia em que ambos se envolvem inteiramente para o bem-estar conjunto. A medida desse amor quem dá é o Cristo, que se esvazia de sua glória e ressurge como o doador da vida. Assim, ao invés de armados, os cônjuges redimidos se tornam amados e amantes.

Um casal redimido, ao invés de se perder em hierarquias que promovem o distanciamento um do outro, descobre a beleza da hierarquia do amor, na qual é possível iniciar as conversas difíceis com sorrisos que brotam de uma alma que ama com ternura e misericórdia.

**Texto de Carlos José Hernández (médico psiquiatra, doutor em medicina) e Clarice Ebert (psicóloga – CRP08/14038, terapeuta familiar e de casal, mestre em teologia).

Clarice Ebert (@clariceebert) é psicóloga (CRP0814038), Terapeuta Familiar, Mestre em Teologia, Professora, Palestrante, Escritora. Sócia do Instituto Phileo de Psicologia, onde atua como profissional da psicologia em atendimentos presenciais e online (individual, de casal e de família). Membro e docente de EIRENE do Brasil.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal L.S.F Notícias.

Fonte
Guiame

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